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CRÔNICA
por Suzane Carvalho
SALÃO DO AUTOMÓVEL
INVESTIMENTO ALTO, RETORNO GARANTIDO
Quanto vale 1 cm² do Salão Internacional do Automóvel realizado no início deste mês em São Paulo?
Vale muito.
Muito além da venda direta ao consumidor, vale o contato direto com ele. Vale status.
E vale mídia, muita mídia. Emissoras de TV, revistas especializadas ou não, jornais, rádios e inúmeros sites. Todos lá, clicando, escrevendo, publicando.
Entre lançamentos, versões e conceitos, 45 diferentes marcas de carros expuseram 450 modelos para mais de 750.000 pessoas em um período de 14 dias.
Organizado e promovido pela joint venture entre a Reed Exhibitions, principal organizadora de eventos do mundo e a Alcântara Machado, a 1ª organizadora do Salão, desde 1960, e com o patrocínio da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), copatrocínio da ABEIVA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) e o apoio do SINDIPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), o evento contou com um investimento de R$ 30 milhões.
O Salão do Automóvel de São Paulo, já está sendo considerado o 4º principal Salão de carros do mundo, e do mesmo nível que os Salões de Frankfurt, Paris, Detroit, Genebra e Tóquio, tanto em público quanto na quantidade de modelos expostos. E é o maior da América Latina.
O mega evento de 14 dias deixou de ser apenas uma exposição de carros. Teve diversas atrações como shows ao vivo, DJ’s, espaços dedicados a crianças e mulheres, simuladores de corrida em vários stands, e até apresentação de tango. Mas é, acima de tudo, uma feira de negócios.
Dividindo o mesmo espaço, carros que vão de 26.000 a 10 milhões de reais.
Para sonhar ou realizar desejos, marcas como Porsche, Ferrari, Bentley, Jaguar, Pagani, Spyker, Koenigsegg e a novata brasileira Rossin–Bertin, estavam todas ali, lado a lado. Alguns dos carros que vieram apenas para exposição, por aqui ficaram.
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Em um espaço total de 85 mil m², o valor pago pelo espaço físico de um stand foi entre R$ 1.500/1.700 o m². A partir daí, a criatividade de cada expositor foi importante não só para atrair os olhares dos visitantes, mas para mantê-los o maior tempo possível ao redor de seus produtos, e longe dos dos outros.
Os carros-conceito fazem parte do show. Além de atrair os olhares, servem para mostrar que a empresa está à frente tecnologicamente. E as empresas aproveitam para realçar lançamentos, garantir visibilidade dos modelos que vendem mais, ver a reação do consumidor e fazer pesquisas sobre tendências.
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Segundo José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors, o investimento no Salão foi de R$ 1.500.000,00 e ele ficou surpreendido com a demanda durante o evento. Disse que foi montada uma sala de atendimento a clientes onde foram concretizadas cerca de 200 vendas da marca sul-coreana.
Colocou 12 carros expostos, sendo 6 lançamentos, e para ele, este foi o melhor e mais bonito Salão que aconteceu até hoje aqui, e não deve em nada para os 3 que estão à nossa frente, sendo inclusive o mais bonito em montagem dos stands.
“Recebemos também a visita de vários empresários do setor, com propostas de aberturas de novas concessionárias”, afirma Ary Jorge, seu diretor de vendas.
Para 2010, a Kia reservou R$ 3.000,00 por carro vendido para utilizar em marketing. Como a meta é vender 60.000 carros, gastarão 180 milhões de reais em propaganda. “Para o ano que vem estamos projetando vender 90.000 carros (50% a mais); então, se chegarmos a esse número, vai ser alguma coisa em torno de 270 milhões. O investimento é enorme, mas o país é muito grande e a marca estava precisando de um investimento forte em propaganda, já que a impressão inicial era da Besta e o perfil da marca mudou bastante”, disse Gandini.
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Sem divulgar valores, a Toyota disse que foi feito um investimento “bastante considerável” no Salão, mas que é muito importante porque é onde eles podem “mostrar a cara”.
Frank Gundlach, diretor de Vendas e Marketing da montadora, colocou 15 carros expostos, sendo que 12 dos modelos são comercializados aqui e 3 são carros conceito. Um elétrico 100%, um híbrido e um elétrico com híbrido. Ele disse que focou sua exposição no meio-ambiente e no futuro da marca no Brasil, já que irão fabricar aqui, para o mercado interno, a família de seus modelos compactos. A produção começará no 2° semestre de 2012.
Para eles, o Salão do Brasil é bastante parecido com os outros Salões de que participam, como Frankfurt, Genebra ou Paris.
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Sergio Habib, empresário que traz para o Brasil marcas como Aston Martin e Jaguar, será também o responsável por trazer os carros da chinesa JAC Motors.
Renato Luti, assessor de imprensa da empresa, diz que o marketing será agressivo e em 18 de março de 2011, serão inauguradas 46 concessionárias em 27 cidades espalhadas pelo país, ao mesmo tempo. Esse número chegará a 80 até o final do ano. Um investimento total de 200 milhões de dólares. Então, sua presença no Salão é obrigatória para que seus produtos sejam apresentados ao público, já que pretendem vender 35.000 unidades em 10 meses.
Dos 10 modelos expostos, apenas 4 serão comercializados, já que passarão por processo de tropicalização em 72 itens.
Luti acha que no Salão brasileiro os visitantes têm a vantagem de comparar os produtos em uma área relativamente pequena, pois podem ver todos os modelos juntos sem perder tempo nem a referência do que havia visto antes.
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Já a Mercedes-Benz, investiu no Salão 2010 20% a mais que em 2008. Valor relativo a 20 a 30% do budget de marketing para o ano, que é 40% maior que ano passado. Reflexo do crescimento das vendas que está sendo também cerca de 40% ao ano.
Jefferson Folegatti, Diretor de Comunicação e Marketing disse que a participação da fábrica em um evento estratégico como esse se tornou imprescindível. Expuseram 20 modelos, dos quais 18, comercializados aqui.
Participando do evento já há 10 edições, é a 1ª vez que contam com a participação direta dos representantes da fábrica da Alemanha, e diz que em pouco tempo, estarão comercializando no país, perto de 20.000 automóveis/ano.
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Abdul Ibraimo, presidente da DISTRICAR, importadora da marca sul-coreana SsangYong, e das chinesas Chana e Haima (que tem tecnologia Mazda), fez um investimento de quase 3 milhões de reais para mostrar seus modelos no Salão de São Paulo. Ele acredita que este investimento tem um retorno maior do que se fosse investido em mídia.
Para Abdul, que foi o primeiro a importar uma marca chinesa para o Brasil, com a Chana Utilitários em 2006, esse investimento é importante pela divulgação que é muito grande. É um dos poucos Salões do mundo que tem tanto público que vem de todo o país.
A empresa não teve intensão de fazer venda direta, mas apenas trabalhar o institucional, e acha que é uma oportunidade também de negociar com novos revendedores, já que a partir de janeiro, trará ainda pickups, fourgões e micro-ônibus da também chinesa JMC.
Ao todo, foram 11 modelos expostos nos 3 stands.
A DISTRICAR está prevendo gastar em 2011, entre 70 e 80 milhões de reais em marketing para que o público conheça as 4 marcas, podendo chegar a 100 milhões, dependendo do volume de negócios.
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Outra que está importando multi-van, é a EFFA Motors, que além dos 4 modelos que já importava, passou a importar recentemente 2 modelos da chinesa Lifan Motors, montados no Uruguai, e que já estão sendo vendidos aqui há um mês.
Clairto Acciarto, Diretor Comercial da empresa, disse que o investimento foi de aproximadamente R$ 800.000 nos dois stands, e o retorno é mais de imagem, não esperando vender carros.
Os novos modelos da Lifan que chegarão a partir de março de 2011, serão vendidos em uma rede de revendedores separada da EFFA.
A Effa Motors, que já investiu US 25 milhões desde 2008 entre Brasil e Uruguai, tem 15 revendas funcionando e pretende ampliar a 30 até o final do ano. Sua meta é vender entre 20 e 25.000 unidades em 2011.
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A AUDI não esteve presente no Salão anterior, em 2008. E segundo o Diretor Comercial, Leandro Radomile, a empresa gastou “alguns milhões” com a estrutura deste ano.
Mesmo o foco não sendo uma açao de vendas, 90%dos carros expostos foram vendidos.
“No Salão não pensamos no lado comercial, mas investimos mais na imagem da marca, na divulgação. 99% dos visitantes não são compradores da marca, mas é importante elevar o sonho de consumo desses que podem ser compradores no futuro.”
Leandro falou ainda que “o Salão deste ano está sensacional. Ganhou corpo e presença, mas poderíamos fazer um stand com o dobro de área ou até 3 vezes maior, se tivesse espaço, pois tenho 26 modelos em meu portfólio, e estou expondo apenas 11.”
Desses, o único que não é comercializado aqui, é o A1.
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Com 24 carros, shows, simulador, e até um imenso Autobot Bumblebee, da trilogia Transformers, o stand da General Motors foi eleito o melhor do Salão deste ano.
O vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, disse ter gasto algo em torno de 6 milhões de reais no Salão: “É difícil aferir o que vendemos mais participando do Salão, mas nem penso na hipótese de não estar aqui, e ter um resultado negativo de vendas. O retorno de imagem é excepcional. Não podemos ignorar um público expressivo de mais de 700.000 pessoas.”
Por ser uma empresa extremamente globalizada, sendo inclusive, a maior montadora instalada na China, a GM participa de todos os Salões internacionais, e Pinheiro Neto acha que o de São Paulo, é um Salão rico e compacto.
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A Land Rover fez um investimento de mais de 1 milhão e meio de reais para expor 9 carros, e assim como as outras, acha que vale pelo retorno de exposição da marca. “Cria-se um desejo nas pessoas que hoje podem não ser seus clientes, mas que se um dia tiverem a oportunidade, serão”, disse Gabriel El Bredy, Relações Públicas da LR.
“Nossas vendas no Brasil cresceram 50% este ano, e é a primeira vez que um executivo de alta patente da marca veio para o Brasil para apresentar um produto”, completou.
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Dimitri Oliveira, Coordenador de vendas da CN Auto, importadora das marcas chinesas Hafei Motor (Topic) e Brilliance-Jinbei (Towner) disse que a empresa fez um investimento de 2 milhões de reais no Salão.
No total, colocaram 19 carros para apresentar as marcas ao público que não as conhece, já que passarão a trazer também veículos de passeio da Brilliance-Auto, montados em plataforma BMW.
Para chamar a atenção ao stand, fizeram diversos eventos para que o público conhecesse melhor a cultura chinesa, como música e as Dança do Dragão e Dança do Leão.
Aumentar a capilaridade da rede, que atualmente está em 46 concessionárias, e ter a oportunidade de mostrar a qualidade do produto chinês, de uma só vez, é uma oportunidade, já que pretendem vender 18.000 unidades em 2011, sendo 15.000 utilitários.
Um dos modelos expostos, o Explendor SW, que haviam trazido somente para exposição, foi solicitado pelos concessionários para venda e já estará aqui em março de 2011.
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A fabricante brasileira de carros Off-Road, Troller, investiu 20% mais este ano, que no Salão de 2008. Sendo um nicho de off-road, diferentemente das outras montadoras, não acompanhou o mercado e viu suas vendas caírem em mais de 40%, chegando a passar por dificuldades financeiras quando houve a redução do IPI ano passado, e agora estão precisando voltar a crescer.
Colocando 4 carros no stand, além de um chassi de torção, seu diretor de marketing, Rogério Motta Maues, disse que estar no Salão vale todo o investimento, e que acredita no potencial do mercado off-road e no “trollero”, o cliente fiel à marca.
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Já a Platinuss, está rindo à toa. Revendedora de marcas de nicho de super-esportivos de luxo como Pagani, Koenigsegg, Spyker e o lançamento brasileiro Vorax, da Rossin-Bertin, o investimento no Salão foi de apenas R$ 800.000,00. Investimento maior que seus concorrentes Lamborghini e Ferrari.
Natalino Bertin Jr., presidente da Platinuss, considera um investimento bastante alto, já que o giro de mercadoria é baixo: coisa de 2 carros/mês, e que sempre esperam colher os frutos do Salão no ano seguinte.
Investiram inclusive na decoração porque queriam causar impacto, já que não sabiam como seria a aceitação de seu lançamento, o super-esportivo brasileiro, Vorax.
Bertin no entanto, fechou as contas em êxtase, já que durante os 12 dias para o público, vendeu nada menos que 35 unidades do Vorax, que custa R$ 700.000,00.
Os outros 4 carros que estavam em seu stand têm preços entre 1,2 e 10 milhões de reais. Este, um ZontaR, o número 7 de apenas 10 produzidos no mundo, e recordista de tempo na pista de Nurburgring, na Alemanha.
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Na contra-mão de suas pretensões iniciais, Douglas Pontele, diretor comercial da Volvo na América Latina e Caribe disse que alguns dos modelos que a empresa trouxe apenas para exibição, como o conversível C70, que só é vendido por encomenda, ganhou um dono no salão que pagou R$ 196 mil pelo carro. Disse também, que por causa da procura na feira, está pensando em dobrar o número de unidades do C70 importadas para o Brasil.
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A FIAT disse que aumentou o investimento em 15%, em relação ao Salão de 2008, exatamente em função da importância deste e para apresentação das novidades da empresa.
Marco Antônio Lage, Diretor de Comunicação Corporativa, disse que isso é coerente com o mercado em expansão e que não comercializaram nenhum carro, já que para eles, este Salão não é comercial. Foram expostos todos os modelos da fábrica, além de dois carros conceitos e um de competição.
Para 2010, o investimento em marketing será algo entre 200 e 250 milhões de reais.
Segundo seu presidente, Cledorvino Belini, responsável pelo Grupo Fiat na América Latina e também presidente da Anfavea, a indústria de automóveis no País projeta investir US$ 11,2 bilhões durante o triênio 2010-2012, para aumentar a sua capacidade de produção, inovação tecnológica, em processos e novos produtos. Sendo que só a FIAT fará investimentos no total de 10 bilhões de reais entre 2011 e 2015.
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A Chery Brasil, ao contrário, realizou a venda de mais de 78 veículos durante o Salão Internacional de São Paulo. Participando pela primeira vez do evento, a maior montadora independente da China construirá em breve uma fábrica em Jacareí, interior de São Paulo.
Segundo Bia Bryan, Comunicação Corporativa da empresa, o resultado foi além das expectativas e tiveram a visita de 1.685 empresas interessadas em abrir novas concessionárias.
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Popular, utilitário ou super-esportivo, todos saíram satisfeitos em um Salão em que as montadoras também demonstraram preocupação com o meio-ambiente e a segurança no trânsito.
No entanto, algumas marcas ainda faltaram ao evento, que foi o caso de Mazda, Daihatsu, Infinity, Acura, Saab, Lada e Tata Motors.
Apesar do excelente retorno de imagem e vendas, todos os expositores com quem conversei foram unânimes em concordar que a estrutura oferecida pelo Anhembi não é mais suficiente para receber um evento de tal porte, pois ficou ultrapassado, sem espaço ou estrutura. Estacionamentos, banheiros e falta de climatização, não correspondem ao alto preço que o visitante paga, e é nisso que o Salão de São Paulo fica devendo aos Salões de Paris, Genebra ou Frankfurt, que são bem maiores em espaço.
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Nossa pretensão é ser gigantesco como o de Frankfurt, em que é preciso dias para conhecer, ou farto como o de Detroit. Paris é maior, mas marcas como Bugatti, Jaguar, Ferrari, Mercedes-Benz, Lamborghini, Porsche e SRL Mc Laren, não estavam presentes na última edição.
Com o apetite que está a indústria este ano, se o pavilhão tivesse o dobro de espaço, este seria ocupado.
Afinal, o Brasil é o 4º mercado mundial de carros, e em 2010, serão quase 3 milhões e meio de veículos vendidos de menos de 50 marcas.
O mercado existe, tem potencial, e está aberto.
NOTAS:
- segundo a ANFAVEA, a indústria de automóveis no País projeta investir US$ 11,2 bilhões no triênio 2010-2012.
- Há dez anos, no Brasil, a relação era de 1 automóvel para cada grupo de 8 brasileiros; essa relação hoje é de 1 para 5,5
- nos Estados Unidos, essa relação era de 1 para cada 2 americanos. Hoje, se mantém igual.
- no Brasil, hoje, temos mais de 800 modelos e versões por meio de cerca de 45 montadoras e importadoras
Novembro de 2010
LEIA AQUI OUTRAS CRÔNICAS ESCRITAS POR SUZANE
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