Mais uma esportiva de pequena cilindrada chega ao mercado para concorrer com a Kawasaki Ninja 250R (15.550,00), com a Kasinski Comet GT 250R (14.990,00) e com a Dafra Roadwin 250R (12.490,00): é a Honda CBR 250R, que custará R$ 15.490,00.
Ela tem porte de moto grande, com tanque alto, e engana facilmente quem não entende muito do assunto.
Com visual futurista e atrativo, ela foi inspirada na CBR 1000RR mas seu desing mistura traços da VFR 1200F. A pintura da carenagem também lembra a da “HRC” da Fireblade. O desenho do escape, do farol, e a carenagem em dupla camada e praticamente sem parafusos aparentes, foram herdados da VFR 1200F. Essa carenagem dupla cria um fluxo de ar interno que proporciona melhor aerodinâmica e estabilidade em altas velocidades. A CBR 250R faz parte de um projeto chamado de “New Concept ¼ litro” e é um modelo global da Honda.
O desenho do painel acompanha o do farol e é bem completo e moderno. As alças para o garupa se segurar são em alumínio e retas, e os retrovisores são ótimos! Além de lentes boas e de bom tamanho (nem grande, nem pequeno), ficam bem à frente e não é preciso mexer a cabeça para olhá-los, mesmo andando "carenada". Ela é muito bonitinha!
O motor é monocilíndrico com 249,6 cm³, DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote), 4 válvulas, com balancins roletados, pistão com contra-peso e refrigerado a água. Os balancins roletados ajudam a diminuir a vibração, pois suaviza a abertura e fechamento das válvulas, que abrem de duas em duas. O contra-peso na parte inferior do pistão também visa diminuir a vibração. Este é o primeiro motor DOHC no mundo a utilizar balancins roletados.
A potência é de 26,4 cv a 8.500 rpm, o torque é de 2,34 kgf.m a 7.000 rpm e a taxa de compressão 10,7:1. A relação diâmetro x curso do pistão é 76x 55 mm e a moto pesa 150 kg.
Ele tem uma boa pegada e uma das razões é a entrada de ar que é direta, então o motor enche rapidamente. A saída também tem apenas três curvas com ângulo aberto, o que ajuda a aumentar a velocidade de circulação dos gases.
A injeção é eletrônica PGMFI e diminui o tempo entre a ignição e a injeção.
7 sensores são controlados pela centralina ECM (Engine Control Management): temperatura do ar, posição da borboleta do acelerador, admissão, temperatura do óleo, temperatura do ar, rotação em que o motor está e mais o sensor de inclinação que corta a alimentação caso a moto tombe.
Para diminuir a poluição, no escapamento existe uma válvula que transforma o monóxido de carbono em CO2, que por sua vez passará pelo catalisador e atende às exigências do Euro 3.
O motor corta a 10.500 rpm e ela tem seis marchas. As velocidades máximas que alcancei em cada uma delas foram as seguintes:
1ª – 52 Km/h
2ª - 82 Km/h
3ª – 112 Km/h
4ª – 132 Km/h
5ª – 157 Km/h
6ª – 169 Km/h
O tanque de combustível tem capacidade para 13 litros sendo 3,5 da reserva e a bomba fica dentro dele.
Apesar de a Honda ter classificado a 250R como “super esportiva de entrada” (Super Sport Entry), ela não tem uma posição de pilotagem “racing”, mas mais ereta. A grande maioria dos compradores desta esportiva a usarão nas ruas e estradas, por isso a Honda optou por uma calibragem de suspensão mais mole e posição mais confortável. A traseira é pro-link com 104 mm de curso, e a mola tem 5 regulagens de pré-carga. Na dianteira, garfo telescópico, com 130 mm de curso. São dois semi-guidões e as pedaleiras são recuadas para forçar o estilo esportivo.
Além da pista de testes, andei com ela também na cidade, e tem uma pilotagem bastante fácil. Ela mede 2,03 metros, tem 1,127 m de altura, 70,9 cm de largura e o entre-eixos é de 1,37 m. O banco fica a 78,4 cm do chão e a distância mínima do solo é de 14,5 cm.
Os pneus são bem largos e vêm montados em rodas de liga leve aro 17” com a medida 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira.
O chassi é do tipo Diamond frame de estrutura tubular com treliças .
O freio dianteiro é disco único de 296 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo e o traseiro, disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de pistão simples. Tem opção de Combined ABS, que além de evitar o travamento das rodas, distribui a frenagem entre elas.
As cores disponíveis são essas duas que estão nas fotos: toda preta, e azul com carenagem branca com detalhes em vermelho, parecida com a CBR 1000 RR HRC.
A versão com C-ABS ganha 4 quilos e custa R$ 2.500 a mais. Mas só tem na cor azul com carenagem branca.
Esse é um modelo global da Honda. O mesmo que é comercializado no Japão, nos Estados Unidos e várias partes do mundo. A que será vendida aqui está sendo importada da Tailândia e passou por ajustes na suspensão, que ficou mais dura para se adaptar ao nosso solo, e, obviamente no mapeamento do motor para se adaptar bem ao nosso combustível.
A Kawasaki vende aproximadamente 350 unidades da “Ninjinha” 250 R por mês, e a Kasinski vende por volta de 600 Comet 250R. A Honda quer vender mais de 800 CBR 250R.
Até o final do ano, a Moto Honda lançará ainda seis novos modelos de motocicletas e atualizará outros seis.
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