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CRÔNICA
por Suzane


O AUTÓDROMO DO RIO
E OS BENEFÍCIOS PARA A REGIÃO

         Autódromo Nelson Piquet. Autódromo de Jacarepaguá. Muitos se lembram do "Caledônia", como era chamado, desde sua inauguração, em 1963, até 1979, quando foi inaugurado o novo circuito, em uma festa que reuniu 12 categorias nacionais, e um público de 54.000 pessoas, recorde que se mantém até o dia de hoje.
         Eventos internacionais como Fórmula 1, Fórmula Indy/CART e Mundial de Motovelocidade, realizados nos circuitos misto e oval, com transmissão de TV para todo o mundo; Campeonatos Brasileiros de velocidade com transmissão ao vivo para todo o Brasil, e mais de 150 países; Campeonatos Regionais multimarcas; provas de Endurance e de Arrancada; Motocross; eventos Tunning; Escolas Técnicas para a formação de novos pilotos e mecânicos; Kartódromo - berço da formação de novos talentos no automobilismo, e de mão de obra mecânica especializada; eventos para empresas e para proprietários de super-carros como Ferrari e Porsche, e super-motos; pista de desenvolvimento da indústria automobilística; área de treinamento de policiais e bombeiros; Centro de Treinamento para atletas de Triathlon e Ciclismo; área de lazer para a prática de cooper e ciclismo; Museu; exposição de carros antigos; sedes de Federações ligadas a esporte; restaurantes e bares temáticos; lojas de produtos para os fãs de automobilismo; espaço para eventos e shows musicais; pólo de turismo.

         Este é o potencial deste terreno de 850.000 m², onde encontramos até área de proteção ambiental. O terreno, que foi doado por uma empreiteira para a construção exclusiva de uma pista para a prática do esporte motor, acabou se tornando uma das melhores e mais seguras pistas de competição do mundo, tanto no que diz respeito ao traçado, quanto para o público, pois quem está nas arquibancadas, tem 90% de visibilidade da pista, e os diretores de prova das corridas, podem ver até 98% do circuito, do alto da torre de controle. Isso sem falar nas excelentes áreas de escape, fazendo com que o autódromo possa abrigar uma das etapas do Mundial de Motovelocidade, o Moto GP. "É a melhor pista do Brasil", falou o piloto Campeão Sul-americano de Fórmula 3, Bruno Junqueira, que hoje corre na Fórmula Indy.

         Personalidades ligadas ao esporte motor no Brasil, destacam alguns fatores importantes em se ter um autódromo na cidade:
         "O uso contínuo de um autódromo, é fonte geradora de empregos, e o autódromo do Rio gera uma média de 1.500 empregos diretos, e 3.000 indiretos" diz Paulo Scaglione, presidente da entidade máxima do automobilismo no Brasil, a Confederação Brasileira de Automobilismo, que em 2003 contou com mais de 4.600 pilotos filiados, o que comprova o crescimento do esporte no país, mesmo em época de crise. Desses, mais de 300 são da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro, da qual o presidente Djalma Neves afirma que "o autódromo é um foco de turismo para a cidade, pois com a transmissão dos eventos, as imagens da cidade vão para mais de 150 países, e o Autódromo, juntamente com o Maracanã, são os dois principais centros de esporte que trazem visibilidade para a cidade".
         O Rio de Janeiro abriga também, 9 das principais equipes de competição do Brasil, brigando com São Paulo e Curitiba pelo posto de melhor equipe, e o 12 vezes Campeão de Stock Car, Ingo Hoffmann, conquistou seu último título, em 2002, competindo por uma equipe do Rio de Janeiro, a JF Competições, que emprega 18 pessoas para prestar mão de obra a 2 pilotos, o que mostra a fonte geradora de empregos que é o automobilismo, contrariando a versão de que "automobilismo é um esporte apenas da elite". Jorge Freitas, proprietário da JF, diz que "o automobilismo é um esporte educador, pois é preciso responsabilidade com horários e cuidados com a saúde, como boa alimentação e respeito às horas de sono. Além disso, muitos garotos que saíram da rua para trabalharem de ajudantes de mecânico são hoje profissionais de sucesso na área".
         Claudio Nogueira, jornalista de automobilismo de O Globo, diz que "o Autódromo Nelson Piquet está para o brasileiro, assim como Indianápolis está para o americano, e Monza para o italiano, pois é um templo do automobilismo, assim como o Maracanã é para o futebol".

         Os quatro, porém, fazem coro com todos os pilotos da cidade e do estado, e muitos do Brasil, na lamentação da falta de um Kartódromo na cidade, já que a pista oficial que era sitiada dentro do autódromo, foi aterrada para a construção do circuito oval para a competição da Fórmula Indy, o que aconteceu entre os anos 96 e 2000. O Kart é a base de formação de novos pilotos e mecânicos, que levam nossa bandeira para o mundo inteiro, trazendo inúmeras vitórias e títulos internacionais, pois o automobilismo é o esporte que mais conquistou títulos para o Brasil, depois do futebol. Em 2003 os 118 pilotos brasileiros que correram em categorias internacionais, levaram a bandeira brasileira ao pódium em 266 oportunidades, sendo que 116 vezes, no degrau mais alto (fonte: Speed Online). O fato da cidade já estar sem um kartódromo oficial há 9 anos, inviabiliza o surgimento de novos talentos e a renovação do esporte na cidade.

         O AUTÓDROMO E O PAN 2007
         Atualmente administrado pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, que ganhou a concorrência para abrigar os próximos Jogos Pan-americanos de 2007, o autódromo foi escolhido para ser um dos locais de competições, abrigando um parque aquático, uma arena poli-esportiva e um velódromo, a serem construídos entre as curvas do circuito.
         O projeto apresentado até agora, no entanto, preocupa a todos no mundo automobilístico, pois com as construções, o autódromo pode ficar inviabilizado para a prática do esporte motor, e o circuito de Jacarepaguá, que abrigou as corridas de Fórmula 1 entre os anos 81 e 89, corre o risco de se transformar em um péssimo circuito de rua.
         Na opinião do dirigente Mihaly Hidasy, que por 18 anos foi diretor de provas do GP do Brasil de F-1, no Rio e em São Paulo, "o autódromo está condenado à morte", isto sem falar no tempo em que o circuito ficaria fechado para as contruções, inviabilizando as equipes cariocas de treinarem, o que já aconteceu durante os 5 meses em que a pista ficou fechada, no início de 2003. "Em termos de automobilismo, paulistas, gaúchos, paranaenses e até catarinenses estão deixando os cariocas no chinelo, pois não há desenvolvimento das equipes cariocas em relação às dos demais estados, e esta situação está deixando órfãos diversos pilotos e profissionais - como mecânicos, lanterneiros, etc... - que possuem no automobilismo sua única e exclusiva fonte de renda" lamenta Jorge Freitas, dono da JF Competições, pois o Paraná está construindo o quarto autódromo internacional, e até o Ceará, Pernambuco e Mato Grosso do Sul têm seus autódromos, pois além de poderem acabar com os pegas de rua, podem também abrigar as 12 categorias de velocidade no asfalto a nível nacional, dando um excelente retorno de mídia para a cidade.
       Claudio Nogueira também mostra sua preocupação com as obras para o Pan 2007: "É preciso cuidado para não profanar a pista".
       Durante o ano de 2003, os portões do autódromo se mantiveram fechados, só abrindo nos finais de semana de competição, e as Federações de Triatlon e de Ciclismo do Estado, que normalmente utilizam o horário de 5 às 10 horas da manhã para treinamento de seus atletas, se preocupam com o fechamento do autódromo, pois não é raro um atleta se acidentar durante os treinamentos realizados nas ruas. Este, aliás, é um horário que também pode ser utilizado pela população, para a prática de cooper e de ciclismo.
       "Um autódromo tem que ser fonte de renda, e não, ficar com portas trancadas enquantos os atletas e equipes da cidade se deslocam para outro estado para poderem treinar", reclamam os pilotos e mecânicos locais.
       Uma pesquisa realizada nas arquibancadas, mostra que 90% do público que frequenta regularmente o autódromo, vem das zonas norte e oeste, sendo uma das principais opções de lazer para a população da região.

       Patrimônio da cidade, nacional e mundial, o Autódromo Nelson Piquet, ou, Autódromo de Jacarepaguá, ou, Autódromo do Rio de Janeiro, faz parte da história de nosso país, e tem tudo para ser um grande Centro Esportivo, Social e Cultural.


Dezembro de 2003, para a Revista VIA BARRA

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