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CRÔNICA
por Suzane

TESTE DE 2.000 KM COM O NEW FIT


    “Sofisticação” é a palavra da moda no mundo dos carros.
    Com o emprego de tecnologia moderna está sendo possível produzir carros menores, mais econômicos, porém, com requinte e bom desempenho, tanto de motor quanto de dirigibilidade.
    O novo monovolume da Honda (novo sim, pois além do visual, todas as suas medidas foram aumentadas) é um exemplo disso.

   DIRIGIBILIDADE
    Com as regulagens de altura e distância do banco e volante, e altura do cinto de segurança acertados, “vesti” o carro e fui direto para a estrada. De cara percebi que o New Fit tem muita “frente”, ou seja, reage rapidamente às mudanças de trajetória. Isso é bom, porém corre-se o risco de comprometer a traseira, fazendo-a escorregar, ou dobrar muito devido a relação das medidas e distribuição de peso do carro. Mas a Honda aumentou as medidas de entre-eixo e bitola do New Fit, e com a colocação do tanque de combustível abaixo do assoalho, conseguiu baixar o centro de gravidade dele, apesar de sua altura total ser maior que a versão anterior. E mesmo exigindo bastante do carro nas curvas, ele dobra pouco, mantendo os quatro pneus inteiramente no chão.
    Isso é devido a suspensão “durinha”, que foi redimensionada. Na parte dianteira, a estrutura McPherson adota molas que anulam as forças laterais, eliminando a necessidade de sobreposição da mola com o amortecedor, o que reduz o espaço necessário para a suspensão trabalhar. Isso faz com que os componentes trabalhem mais suaves e que as curvas sejam feitas com maior estabilidade, em razão da pouca variação de cambagem ao longo do curso vertical da roda.
    Na traseira, o eixo atua como se fosse uma barra de torção, criando uma estrutura de alta rigidez da carroceria e dos pontos de fixação. A bucha do braço oscilante fica inclinada para adequar a força lateral de esterçamento.
    E os excelentes pneus Bridgestone de medida 185 x 55 montados nos aros de liga-leve de 16 polegadas, ajudam a absorver as irregularidades do piso mesmo sem serem moles demais, e por isso, não dobram com facilidade.


    O EPS (Electric Power Steering), um sistema de direção eletricamente assistida, deixa a direção mais leve em baixas velocidades e mais firme em altas, dando sensação de segurança. O esforço de esterçamento é reduzido com o auxílio de um pequeno motor elétrico comandado por um módulo eletrônico, atuando sobre o pinhão na caixa de direção.
    O FIT foi reprojetado pensando em melhorar a aerodinâmica e com isso, melhorar consumo e performance. O design é novo, mais agressivo no capot e lanternas.



   CONFORTO
    O espaço interno também aumentou, e para quem está na frente, até dá a impressão de que se está em um carro grande.
    Os bancos traseiros bi-partidos, reclináveis e dobráveis para cima e para baixo, fazem com que o aproveitamento de espaço seja adaptável dependendo da sua necessidade, podendo se transformar em um grande porta-malas como uma camionete.
    O acesso ao porta-malas através do banco traseiro facilita bastante quem costuma andar “carregado”, como eu, e o acesso ao estepe é no lugar tradicional, por dentro do porta-malas.



    Não consegui entender a posição do brake light, que atrapalha bastante a visibilidade traseira. Pelo retrovisor central, você só vê um carro quando ele já está muito próximo, e na estrada isso é ruim.
    Se na frente, a colocação de um vidro a mais na lateral ajudou na visibilidade, na traseira piorou com o rebaixamento da capota e com a largura da coluna traseira.
    Os retrovisores com luzes indicadoras de direção são bons, porém, o deixam um tanto caro: R$ 545,00 se um motorista descuidado o levar embora.
    A versão testada foi a ELX com revestimento em couro e motor 1.5 litro.
    Tem computador de bordo para cálculo de consumo instantâneo e total, e piloto automático (controle de velocidade de cruzeiro), duplo air-bag, ar-condicionado e aquecimento.
    visual do painel é bastante agradável, combinando o digital, que mostra o consumo instantâneo e médio de combustível, com o analógico que mostra velocidade, giro do motor e marcador de combustível.
    Tem vidros elétricos com controle total do motorista e travas das portas por controle remoto na chave.
    Vem com bastante porta-copos e objetos, inclusive debaixo do banco traseiro, mas o design do porta-objetos das portas dianteiras o deixou com a funcionalidade limitada.
   



   SOM
    O sistema de som com CD que lê CDA/MP3/WMA é de excelente qualidade e pode ser controlado no volante. Vem com opção de conexão USB e P2 para você plugar seu player, mas não tem bluetooth nem dá para usar o viva-voz do celular através dos auto-falantes.
    Vem também com o sistema SVC (Speed Volume Control) que aumenta e diminui o volume conforme a velocidade do carro aumenta ou diminui.
    Porém, não é possível escutá-lo com a chave desligada. Nada de namorar nem descarregar as compras do mercado escutando música. O alarme fica apitando e as travas das portas tentando trancá-las.

   MOTORIZAÇÃO
    A Honda gosta de abusar da tecnologia, e o motor do New Fit é sem dúvida beneficiado por isso.
    Com comando variável de válvulas, que varia tanto o tempo quanto a profundidade de abertura das válvulas e bloco de alumínio que o deixa mais leve, o motor é Flex, que aceita tanto gasolina quanto álcool, com SOHC i-VTEC (Inteligent Valve Timing Eletronic Control), 16 válvulas e 4 cilindros.
    São duas as versões apresentadas: a versão 1.4 l que gera 100 cv a 6.000 rpm, quando for alimentado apenas com gasolina, e tem torque de 13 kgf.m a 4.800 rpm, e o motor 1.5 l que gera 115 cv (gasolina) com torque de 14,8 kgf.m a 4.800 rpm. Com o uso do álcool, em ambas as versões, o ganho de potência é de apenas 1 cavalo.
    A velocidade máxima do motor 1.5 na pista de teste foi de 180 Km/h.
    Como o carro pesa 1.108 Kg, a relação peso/potência fica em 9.63 Kg por cavalo, o que não é ruim.



    CÂMBIO/TRANSMISSÃO
    O câmbio tem opção de ser manual ou automático de 5 marchas para todas as versões.
    A versão que testei, além do câmbio automático, tem também câmbio manual com borboleta atrás do volante (Paddle Shifter), aquele parecido com o que usam os carros de Fórmula 1.
    Sua utilização no trânsito normal, no entando, ainda não é muito eficiente, uma vez que para fazer um retorno ou para dobrar uma esquina tiramos as mãos da posição original do volante, correndo o risco de apertar a borboleta contrária a que queremos. Nas pistas, o curso do volante não chega a meia-volta e a direção é muito mais precisa, por isso é possível guiar sem tirar as mãos do volante.
    Em retas ou estradas, pode ser divertido usá-lo, mas é importante aprender o “time” do câmbio, pois a troca de marchas não é imediata. É útil também se você tiver que passar por uma série de 74 quebra-molas como os de Seropédica, na antiga estrada Rio-São Paulo.
    Mesmo usando o câmbio no modo automático, é possível reduzir ou alongar a marcha através do Paddle Shifter, que retorna ao modo automático sozinho se mantivermos velocidade constante. E se o carro parar, ele engata a 1ª marcha sozinho. Isso é interessante, principalmente porque a marcha que está sendo utilizada é mostrada no painel digital.
    A 5ª marcha é um tanto longa, e sua utilização é só mesmo em estradas e para economizar combustível.
    A retomada sem mudança de marcha é um tanto “triste”, por isso é preciso sempre reduzir para ultrapassar.

   CONSUMO
    Em meu teste o consumo ficou entre 8,6 e 10,6 Km/litro.
    Como o tanque, que fica sob o assoalho, centralizado abaixo dos bancos dianteiros, tem apenas 42 litros, não dá para chegar a São Paulo sem parar para abastecer. se andarmos com o giro do motor alto. Mas se for em 5ª marcha, sim.

    FREIO
    O freio é bastante bom. Com ABS (Anti-lock Braking Systems) que funciona independente nas 4 rodas, não deixando-as bloquear mesmo que o motorista pise bruscamente no pedal, e EBD (Eletronic Brake Distribuition) que distribui a carga do freio entre a dianteira e a traseira dependendo da distribuição do peso do carro. Esse é o tipo de freada que costumo ensinar nos cursos de Direção Defensiva/Evasiva, pois com o carro equilibrado, distribuímos o peso total pelas 4 rodas, aproveitando ao máximo a borracha dos pneus para uma melhor frenagem, sem jogar todo o peso apenas nos pneus dianteiros.
    O carro pode vir com disco na traseira também, se você optar.



   SEGURANÇA
    Um ítem de segurança importante, é o Advanced Compatibility Engineering (ACE), uma estrutura frontal interna que auxilia a absorção e dispersão de impactos, reduzindo o risco de ferimento dos ocupantes em caso de colisão.
    O preço do New Fit varia de R$ 52.340,00 a versão LX, até R$ 69.750,00 a versão EXL.






junho de 2009

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