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TESTE
por Suzane Carvalho
LINHA 2011 DA FIAT GANHA NOVOS MOTORES E.torQ
TESTE DE 10 MODELOS DA FIAT COM O NOVO MOTOR E.torQ

A FIAT apresentou e disponibilizou para teste esta semana em Campinas, a nova família de motores E.torQ 1.6 16 válvulas e 1.8 16 válvulas, ambos flex, que já está equipando a maioria de seus modelos 2011.
EMOÇÃO, ECONOMIA, ENERGIA, ECOLOGIA, é o que o "e" propõe.
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Com exceção do Novo Uno e Uno, que usam apenas motores 1.0 e 1.4, do 500 que é importado, e do Stilo, todos os outros modelos já vêm com este motor. Não é apenas um desenvolvimento do motor antigo, mas sim, um novo motor que a FTP – Fiat Powertrain Technologies, desenvolveu a partir de um projeto da Tritec, e produz em sua fábrica em Campo Largo, no Paraná.
Eles ficaram mais compactos que os anteriores e ganharam lay-out simples.
O resultado deste desenvolvimento tecnológico foi bastante positivo tanto do ponto de vista econômico quanto de performance.
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Diversos componentes tiveram seu peso reduzido. Sendo mais leve, ele vibra menos. Como consequência, melhorou o consumo e o nível de emissão de poluentes.
O compartimento onde ficam os motores nos carros, também ficou mais “clean”, e o motor ganhou espaço em torno, de forma que a refrigeração também melhorou.
O filtro de ar agora está localizado abaixo da tampa principal do motor, e não mais ao lado dele. São menos mangueiras para manutenção.
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O coxim de sustentação do motor é hidráulico, resultando em uma transferência de vibração para a carroceria, ainda menor.
Uma de suas principais características, é alcançar a quase totalidade de seu torque ainda em baixas rotações.
A 1.500 rpm já gera 80% de seu torque máximo; e a 2.500 rpm, 93%. Andando com giro mais baixo, a economia de combustível é certa.
O E.torQ 1.6 16V flex tem 117 cavalos de potência a 5.500 giros e torque máximo de 16,8 Kgfm a 4.500 rpm com etanol. Com gasolina, perde apenas 2 cavalos e 0,6 Kgfm.
O E.torQ 1.8 chega a 132 cavalos a 5.250 rpm e torque de 18,9 Kgfm a 4.500 rpm com etanol, e perde também apenas 2 cavalos e 0,5 Kgfm com gasolina.
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Aqui, as principais novidades internas do motor E.torQ:
- bielas sinterizadas, forjadas e fraturadas, mais leves e resistentes
- anéis mais leves, de baixa fricção e baixa carga tangencial
- pistões grafitados mais leves,e com saias assimétricas, de produzem menor atrito com o cilindro, com cubo reforçado para aumentar a resistência
- câmera de combustão com baixa relação superfície/volume, que faz diminuir o tempo de combustão e diminui o aquecimento
- sensor contactless no corpo da borboleta drive-by-wire que elimina o contato mecânico dos componentes internos do sensor
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- coletor de aspiração passou a ser de plástico que visa a uniformização do fluxo de ar para os quatro cilindros
- a tampa do cabeçote, também passou a ser de plático, tornando-a mais leve
- corrente de distribuição, dispensando a necessidade de manutenção
- tuchos hidráulicos que não necessitam de regulagem nem manutencão
- o virabrequim tem oito contra-pesos e tem uma microestrutura especial oferecendo menor resistência, funcionamento mais suave e silencioso
- cárter estrutural de alumínio
- filtro de ar ecológico, em que se troca apenas as partes de papel e borracha, e não a estrutura toda.
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COMO FICARAM OS CARROS
Tive oportunidade de andar em 10 modelos no mesmo dia, e sentir como ficou o motor em cada um deles. Aqui, as minhas impressões:
O Palio perdeu o motor 1.8 mas não perdeu sua agilidade. Ele ficou muito esperto com o novo motor E.torQ 1.6 16V e satisfaz perfeitamente ao modelo. Dá gosto guiá-lo. Além do mais, a família Palio, que inclui ainda Siena, Palio Adventure e o Strada, ganhou também o câmbio Dualogic automático como opção.
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O Strada com motor 1.8 e leve, ficou ainda mais esperto. Como ainda tem opção do Locker, se for necessário sair de um atoleiro com o carro pesado, dificilmente você ficará na lama.
A mudança do antigo motor 1.9 do Linea para o E.torQ 1.8 foi positiva. Tanto é possível aproveitar o torque em baixa rotação, não precisando cambiar a todo momento, quanto se pode andar a 6.500 rpm mesmo com o câmbio dualogic automático no modo “sport”. Ele melhorou de retomada e suas vibrações não são sentidas de dentro do carro.
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Para todos os carros que utilizam o câmbio Dualogic, a melhora foi ainda melhor, pois como o motor aproveita grande parte de seu torque mesmo em baixas rotações, sente-se menos o buraco entre uma marcha e outra.
Não fiz ainda teste de consumo, mas pelo que foi apresentado, é para ser melhor do que a linha de motores que a FIAT utilizava antes.
Minha observação final sobre todos os modelos que testei, é que o motor lhes caiu muito bem, e todos eles estão com um ajuste de suspensão muito bem equilibrado.
O ABS da FIAT, que age individualmente em cada uma das rodas, também é eficiente e entra em ação tão logo você pressiona com força o pedal do freio.
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Fiz um comparativo interessante entre os 10 modelos que testei.
Sem estar nas mesmas condições de um teste oficial e considerando que em estrada aberta temos ondulações, só por curiosidade, fiz de 0 a 100 Km/h e a retomada de 60 a 100 Km/h em 4a marcha.
O mais rápido de todos, foi o Palio 1.6 16V Dualogic.
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De 0 a 100 Km/h |
De 60 a 100 Km/h em 4ª marcha |
Linea 1.8 mecânico |
10.78 |
9.60 |
Linea 1.8 Dualogic |
11.02 |
10.01 |
Doblò Adventure Locker 1.8 mec |
13.85 |
13.20 |
Strada Adventure Locker 1.8 mec |
10.54 |
10.20 |
Strada cabine dupla 1.8 mec |
10.38 |
11.19 |
Siena 1.6 Essence mecânico |
10.35 |
10.57 |
Siena 1.6 Dualogic |
10.01 |
9.48 |
Palio Weekend 1.8 mecânico |
10.26 |
9.35 |
Palio 1.6 mecânico |
10.41 |
10.72 |
Palio 1.6 Dualogic |
9.90 |
9.32 |
fotos: Studio Cerri
Setembro de 2010
LEIA AQUI ALGUNS TESTES DE CARROS, MOTOS E CAMINHÕES FEITOS POR SUZANE
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